6 dúvidas frequentes sobre papinhas!
- Nathalia G Escudeiro
- 7 de abr. de 2017
- 3 min de leitura
Na nutrição, depois do aleitamento, a segunda parte mais importante para o bebê é a introdução alimentar. Por aqui já falamos sobre a introdução das frutas, certo?
(Se ainda não leu, clique aqui!)
Agora, nada mais justo e coerente do que falar sobre a preparação das papas principais (o termo papa salgada foi ‘’banido’’ devido à associação com o uso de sal).
Nesta matéria vou esclarecer algumas dúvidas frequentes sobre esta momento importantíssimo na vida do bebê. *Obs: algumas dúvidas se encaixam tanto para o método de IA por papas como pelo BLW.*

1) Posso peneirar ou bater os alimentos no liquidificador/mixer?
Não. A papa não deve passar pelo liquidificador, peneira ou mixer. Quando fazemos isso, as fibras dos alimentos se perdem, o valor energético (quantidade de calorias) da papa fica comprometido e os alimentos não são apresentados na sua real textura. Além disso, ao contrário do que muitos pensam, quanto mais líquida a papa, maior a chance de engasgos. Portanto, os legumes devem ser amassados com o garfo, as verduras bem picadinhas/rasgadinhas e as carnes bem desfiadinhas/moídas.
2) Começo oferecendo a papa principal no almoço ou jantar?
Não há regras. Normalmente inicia-se pelo almoço, mas nada impede aquela família que quer acompanhar o início da introdução alimentar, a começar pelo jantar, já que é a refeição onde todos estarão juntos e poderão participar. O importante é estar bem orientado e esclarecido, e ter todo amor, carinho e paciência para este momento tão especial. A família se prepara, monta o quarto, faz as lembranças de maternidade, monta o berço, escolhe o super cadeirão... então qual o problema de querer se preparar para este momento, e começar pelo jantar? Nenhum!
3) Posso dar peixe?
Sim, desde que seu bebê já tenha completado 6 meses e que não tenha histórico familiar de alergia ao tipo de alimento em questão. Então, após o sexto mês de vida e sem história de alergia na família, podemos dar peixe, sim. Só devemos ficar atentos aos espinhos, dando sempre preferência aos peixes brancos e sem espinhos. Exemplos: pescada, linguado, saint peter. Antigamente, o peixe não era liberado, mas desde 2006, devido a inúmeras pesquisas comprovarem não haver riscos, ele foi liberado. Para aqueles bebês com alergia na família, converse com seu nutricionista e/ou pediatra, pois provavelmente esta introdução será mais tarde, entre 10-12 meses.
4) Posso dar ovo com a clara?
Sim, desde que seu bebê já tenha completado 6 meses e que não tenha histórico familiar de alergia à clara do ovo. É a mesma história do peixe. Antigamente, apenas a gema era liberada, mas após pesquisas comprovarem que não há riscos para crianças sem história de alergia na família, a clara foi liberada. Importante: gema e clara devem estar cozidas, nada de gema mole! Para aqueles bebês com alergia na família, converse com seu nutricionista e/ou pediatra, pois provavelmente esta introdução será mais tarde.
5) O que não posso colocar na papa?
Não é indicado fazer uso de temperos prontos industrializados, glutamato monossódico (popular Ajinomoto), pimenta e leite. O sal também não deve ser utilizado. Alguns profissionais liberam o uso MODERADO do sal a partir dos 10 meses.
6) Qual a quantidade que meu bebê deve comer?
Vai depender da fase que ele está, e precisamos lembrar de 3 coisas:
1- o comer é novidade para o bebê;
2- o estômago dele tem capacidade média de 30ml/kg de peso corporal;
3- a maioria dos bebês tem a capacidade de regular o binômio fome/saciedade.
Sendo assim, primeiro de tudo, não desista e acredite no apetite do seu filhote.
Beeeeem no início, existem bebês que consomem apenas 1 colher de sopa, e depois vão evoluindo até chegar a 10-12 colheres(sopa)/refeição. Não desanime se ele aceitar pouco nas primeiras papas, é normal. Não devemos pré-definir volumes/quantidades. É necessário que seu bebê esteja crescendo, ganhando peso e se desenvolvendo da maneira esperada.
Lembre-se: a alimentação complementa a amamentação até os 12 meses de vida. Somente após 12 meses a amamentação complementará a alimentação.
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